Dois relatórios publicados nos últimos meses mostram o alto crescimento da violência contra jornalistas e violações à liberdade de imprensa no Brasil em 2020.
De acordo com o documento o Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, elaborado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e divulgado em janeiro, o aumento foi de 105,77% no último ano. Foram registrados 428 ataques, número que inclui casos de homicídio de profissionais de imprensa.
Segundo o documento, 35% do total de agressões – ou seja, 152 casos – estão relacionados à descredibilização e à deslegitimação da imprensa. Para a Fenaj, isso se deve principalmente ao bolsonarismo no poder, já que a o presidente Jair Bolsonaro foi responsável por 142 das 152 ocorrências contabilizadas pela entidade.
Já o relatório da organização Repórter sem Fronteiras contabilizou 580 casos de ataques a jornalistas e à imprensa de modo geral durante o ano de 2020. Somente no último trimestre foram registrados 131 casos, justamente durante o período eleitoral para a escolha de prefeitos e vereadores nos municípios brasileiros.
O documento também mostra que 85% das agressões vindas de autoridades são creditadas à família Bolsonaro.
Acesse o relatório da Fenaj aqui.
Acesse o relatório da RSF aqui.