Por ter uma grande experiência com educação pública e inovação, o EducaMídia recebeu o professor para uma conversa aberta na live semanal do programa, que vai ao ar às quintas no Facebook e Youtube. O papo foi comandado por Mariana Ochs e Daniela Machado, que coordenam o EducaMídia.
Para Rodrigo, é de suma importância que o professor entenda que o audiovisual é uma ferramenta para potencializar o ensino e não para substituir a sala de aula, de modo que o aluno produza com senso crítico e reflexivo os seus trabalhos. Segundo o professor, é assim que conseguimos promover a chamada lógica cidadã e, consequentemente, uma sociedade com mais cidadãos críticos e midiaticamente educados.
“É importante que o educador produza sempre junto ao aluno, pois essa relação promove também a socialização com o professor”, explicou ele durante a live.
Desinformação e revisionismo
Em meio a tanta informação disponível na internet, com teorias da conspiração e revisionismos históricos e científicos, Rodrigo reforçou a importância da educação midiática dentro da sala de aula. As pesquisas feitas pelos alunos, por exemplo, devem sempre priorizar e detalhar os procedimentos de busca, como a fonte da informação, o título, o autor e, claro, a leitura crítica da informação encontrada.
Para o professor, a pandemia tornou tudo isso muito mais urgente, demandando dos educadores que incentivem e desenvolvam em suas turmas essas habilidades para enfrentar o contexto de desinformação. “Isto não é fácil, pois requer do educador disciplina, calma, pesquisa e análise”, explicou.
Inclusão
Rodrigo ressaltou também o desafio que é lidar com tudo isso em comunidades vulneráveis, uma vez que o acesso à tecnologia e à educação midiática ainda é muito desigual no País. Por outro lado, ele destaca a importância de enfrentamento desse cenário, priorizando ferramentas com que essas populações tenham familiaridade como, por exemplo, a criação dos podcasts disponíveis via WhatsApp.
O educador deu o exemplo da Rádio de Bitita, um projeto que surgiu na pandemia por meio de uma demanda de alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) na rede municipal de São Paulo. A faixa etária dos estudantes é de 15 a 70 anos. “É preciso incentivar a inclusão social. Daí a ideia de criar uma rádio que dá acesso via WhatsApp para as comunidades carentes”, afirmou ele junto a dois educadores que fazem parte da rádio e que também participaram da live.
Para assistir ao vídeo com Rodrigo Baglini na íntegra, clique aqui.