Imagem de carregamento
— Colunas e Artigos

Desinformação é o maior risco global a curto prazo, afirma Fórum Econômico Mundial

Foto de Mariana Mandelli
Autor Mariana Mandelli Coordenadora de comunicação Sobre o autor

Em relatório anual, entidade também reforça crise climática como ameaça

Imagem de destaque do post

Pelo segundo ano consecutivo, a desinformação é o maior risco global que enfrentaremos a curto prazo. Esta é uma das conclusões do Fórum Econômico Mundial, em relatório anual divulgado no dia 15 de janeiro. A reunião da entidade teve início na segunda-feira, em Davos, Suíça.

Denominado The Global Risks Report 2025, o documento ouviu cerca de 900 especialistas de diversos países para traçar diagnósticos e prognósticos geopolíticos e econômicos para os próximos anos. O relatório não é nada otimista: compara o contexto atual com o da Guerra Fria em termos de divisões ideológicas e políticas e faz projeções sombrias a curto, médio e longo prazo.

O texto afirma que a desinformação pode “afetar as intenções dos eleitores; pode semear dúvidas entre o público em geral em todo o mundo sobre o que está acontecendo nas zonas de conflito; ou pode ser utilizada para manchar a imagem de produtos ou serviços de outro país.”

Apesar de ter sido publicado dias antes da posse de Donald Trump, o alerta da entidade não é exagerado: em seu discurso, o presidente dos Estados Unidos voltou a repetir as mesmas mentiras que permearam sua campanha, como a de que a eleição anterior teria sido fraudada. Também disse que imigrantes ilegais que tentam ultrapassar a fronteira seriam criminosos ou pessoas com transtornos mentais. Ademais, deu informações imprecisas sobre a política de incentivo a veículos elétricos do país. 

O exemplo do político republicano é extremamente relevante no cenário apontado pelo Fórum Econômico Mundial: depois da desinformação, os maiores riscos globais até 2027 seriam os eventos climáticos extremos, os conflitos armados entre países e a polarização, respectivamente em segundo, terceiro e quarto lugares. Fenômenos que são profundamente afetados e agravados por teorias conspiratórias, discursos de ódio e conteúdos falsos que circulam nas mídias sociais.

Se considerarmos as falas e as primeiras decisões de Trump, como a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris (algo que ele já havia feito em seu primeiro mandato), podemos reconhecer o tamanho do desafio, uma vez que temos, mais uma vez, uma autoridade pública contribuindo para a disseminação de desinformação, a nível mundial, sobre temas sensíveis e extremamente relevantes em um contexto geopolítico de tensões, incertezas e fraturas. 

Resta saber como os países e os blocos reagirão nesse cenário instável e turbulento, tendo em vista o aprofundamento de diversas crises já estabelecidas. A criação e o fortalecimento de políticas públicas a nível local, que abordem e impulsionem temas como integridade da informação, educação midiática e fortalecimento do jornalismo profissional, tendo em vista a preservação e a defesa das democracias, nunca foi tão importante.

Foto de Mariana Mandelli

Mariana Mandelli

Coordenadora de comunicação

Mariana Mandelli é coordenadora de comunicação do Instituto Palavra Aberta.

Voltar ao topo
FAÇA
PAR—
TE

Venha para nossa rede de educação midiática!
Fique por dentro das novidades

Receba gratuitamente nossa newsletter

Siga nossas redes sociais

Que tal usar nossa hashtag?

#educamidia

Utilizamos cookies essenciais para proporcionar uma melhor experiência. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de privacidade.

Política de privacidade