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Como as famílias lidam com os desafios das crianças no mundo digital?

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Autor Daniela Machado Coordenadora EducaMídia Sobre o autor

Adultos precisam de apoio e informação para guiarem um processo seguro de emancipação tecnológica dos filhos

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“A geração ansiosa”, título do livro do psicólogo social Jonathan Haidt que deu o que falar em 2024, é uma menção às crianças e adolescentes atuais: hiperconectados, afastados de brincadeiras ao ar livre e, segundo o autor, mais vulneráveis a um colapso da saúde mental. Mas poderia ser usado também para descrever o desassossego de pais, mães e outros cuidadores que têm dificuldades para lidar de forma equilibrada com os ambientes digitais e, muitas vezes, sentem-se despreparados para guiar os filhos em uma jornada mais segura e responsável nesses espaços.

Diante da sensação de impotência, diversas famílias viram na proibição das telas o único caminho possível para proteger os mais jovens. É fato, no entanto, que muitas das tecnologias com as quais nos deparamos não irão desaparecer totalmente, e serão inevitáveis em algum momento da vida (ainda que esse momento seja postergado). 

Assim, é indispensável que iniciativas de proteção sejam acompanhadas de educação para o uso mais crítico e qualificado dos diversos aplicativos, plataformas e ferramentas que, em várias situações, são a interface pela qual nos comunicamos com e para o mundo, acessamos serviços essenciais e exercemos nossa cidadania. 

Gradualmente, e respeitando as diversas faixas etárias, é importante apoiar a construção de conhecimento e autonomia necessários para uma relação saudável com as tecnologias digitais. Nesse percurso, os adultos com quem crianças e adolescentes convivem têm papel fundamental. Seu envolvimento é importante para que os mais jovens não sejam apenas blindados dos riscos, mas também preparados para aproveitar as oportunidades que os ambientes digitais podem proporcionar. 

Para apoiá-los, o EducaMídia — programa de educação midiática do Instituto Palavra Aberta — lança uma coleção de guias, materiais de referência e sugestões de atividades para as famílias. Com esses recursos, pais, mães e responsáveis poderão aprofundar suas reflexões, considerando, por exemplo, por que analisar os conteúdos acessados por seus filhos pode ser mais significativo do que monitorar apenas o número de minutos (ou horas) à frente de um celular, tablet ou computador. 

Ao construir acordos familiares, faz sentido contemplar os vários tipos de “tempo de tela”: mais passivo ou mais criativo, social ou educativo etc. 

Também faz parte do letramento das famílias conhecer e discutir as engrenagens e dinâmicas de poder que regem aplicativos e plataformas digitais, a responsabilidade de personagens importantes no atual ecossistema informacional, como os influenciadores, e a consciência de cada um de nós ao utilizar esses espaços.

A necessidade de uma educação digital e midiática não desaparece mesmo quando se opta por tirar os celulares da vista de crianças e adolescentes. 

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Daniela Machado

Coordenadora EducaMídia

Coordenadora do EducaMídia, programa de educação midiática do Instituto Palavra Aberta que tem como focos a formação de professores e a produção de conteúdos sobre o tema.

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