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A tarefa coletiva de educar para a informação

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Autor Daniela Machado Coordenadora EducaMídia Sobre o autor

Educação, jornalismo, governos e sociedade em geral devem participar da construção de um universo informacional melhor

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📸: freepik

A internet e as redes sociais ampliaram consideravelmente o universo da informação, transformando a maneira como consumimos, produzimos e compartilhamos conteúdo, seja na forma de letras, imagens ou sons. O mundo jamais será o mesmo — para o bem e para o mal.

Hoje, qualquer pessoa com acesso à internet  tem, potencialmente, a chance de enriquecer o debate público, conectar-se com diferentes saberes e participar da construção de uma sociedade melhor. Com as mesmas ferramentas, infelizmente, é possível chegar a um cenário oposto, em que desinformação e discurso de ódio nos separam de informações confiáveis e de discussões saudáveis e, consequentemente, tolhem nosso direito de tomar decisões bem informadas. 

Não há bala de prata para enfrentar esses desafios. Muito se discute sobre o modelo de negócios das plataformas, uma possível regulação, punição a quem se vale do conceito distorcido de liberdade de expressão para disseminar agressões e ameaças, entre outras medidas. Enquanto isso, um consenso parece emergir: é urgente que toda a sociedade se envolva na promoção e implementação do que chamamos de educação midiática.

O termo, entendido como um conjunto amplo de habilidades para participar da sociedade conectada a partir do consumo crítico e da produção responsável de informações, não se restringe aos ambientes formais de educação. Precisamos de um esforço coletivo para descobrir e adotar ações de letramento midiático nos mais diversos contextos, com o envolvimento das escolas mas também do jornalismo, das empresas de tecnologia, dos governos e de instituições da sociedade civil. 

A educação midiática — num sentido amplo, que vai além do combate a fake news — pode alcançar diferentes contextos, levando a sociedade a refletir também sobre liberdade de expressão e discurso de ódio, representação nas mídias, propaganda no cenário político e o ecossistema das redes sociais, entre outros temas. 

Essa visão mais abrangente (e permanente) do letramento midiático vem sendo defendida por renomados especialistas internacionais, entre os quais Renee Hobbs, professora de Estudos de Comunicação na Harrington School of Communication and Media da Universidade de Rhode Island (EUA), e Paolo Celot, um dos principais nomes da área na União Europeia. Ambos estarão no Brasil na próxima semana para o Encontro Internacional de Educação Midiática, evento gratuito que reunirá pesquisadores, educadores, formuladores de políticas públicas e demais interessados em São Paulo.

É de Celot, aliás, uma frase que deveria virar mantra de toda a sociedade: diante de tantas inovações que desafiam nosso senso crítico, “não é mais uma vantagem ser educado midiaticamente; ao contrário, é uma desvantagem debilitante não ser”.

 

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Daniela Machado

Coordenadora EducaMídia

Coordenadora do EducaMídia, programa de educação midiática do Instituto Palavra Aberta que tem como focos a formação de professores e a produção de conteúdos sobre o tema.

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