O mundo enfrenta a maior crise de saúde pública deste século e a dimensão do impacto da pandemia do novo coronavírus ainda é imprevisível em todas as áreas, inclusive na comunicação.
A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o contexto de excesso de informações sobre a Covid-19 como uma infodemia, ressaltando que o número absurdo de conteúdos publicados e compartilhados diariamente pode gerar ansiedade e pânico, ainda mais quando se trata de mentiras e boatos – mais conhecidos como “fake news”.
Os cinco passos abaixo podem ajudar na busca por informação qualificada sobre esse tema que domina o noticiário há dois meses. São eles:
1) Não compartilhe conteúdos sem fonte ou autor
A quantidade de prints, imagens e textos compartilhados nas redes sociais sobre o novo coronavírus é estrondosa. Na ânsia de informar as pessoas de quem gostamos sobre um tema tão urgente, a chance de verificarmos a origem desses conteúdos fica ainda mais baixa. Não se deixe dominar pela angústia e pela pressa. Quando passamos para frente uma informação, perdermos o controle sobre ela. Imagine compartilhar mentiras sobre curas e medicamentos, induzindo pessoas a um falso tratamento? Não confie em tudo que você recebe.
2) Busque fontes oficias e autoridades de saúde
Para se informar sobre o uso de máscaras, necessidade de isolamento social e quando ir ao hospital, por exemplo, procure sempre o site ou as redes sociais do Ministério da Saúde e da OMS. Não se deixe levar por discursos ideológicos quando se trata da sua vida e das pessoas ao seu redor. Essas entidades são formadas por especialistas e pesquisadores que se dedicam a isso há muitos anos.
3) Valorize o trabalho da imprensa profissional
Muitos veículos de comunicação estão empenhados na cobertura da Covid-19 há semanas, trazendo números, análises e entrevistas com médicos e cientistas diariamente. Eles são a ponte entre o público e as autoridades de saúde, além de revelarem o cenário do sistema de saúde e os efeitos da doença em outras áreas. Lembre-se que os jornalistas colocam suas vidas em risco para cobrir uma pandemia.
4) Siga médicos, pesquisadores e divulgadores científicos
A explosão de informação sobre o vírus abriu ainda mais espaço para influenciadores que atuam na área da saúde pública e da ciência na internet – muitos deles viram o número de seguidores aumentar exponencialmente nesses meses. Alguns são bastante pedagógicos e traduzem a linguagem médica e científica de maneira educativa para o público leigo. Mas não esqueça de checar as credenciais dessas pessoas. Procure o registro profissional deles nas plataformas adequadas e também o currículo lattes.
5) Não entre em pânico
O excesso de informações sobre um tema pesado como esse pode afetar a sua saúde mental. É importante saber seus limites e não acompanhar o noticiário e as redes sociais o tempo inteiro, mesmo que você se informe em fontes equilibradas e confiáveis.
É preciso lembrar que essas cinco dicas não são limitantes. São apenas um guia para buscar informação em um leque variado e confiável de plataformas, sites e veículos. Diversificar a sua “dieta informacional” é tão importante quanto checar a origem das informações que você recebe.